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segunda-feira, 3 de março de 2014

Frei Agostinho da Cruz



Embora natural de Ponte de Barca, onde nasceu, à volta de 1540, pode e deve ser considerado setubalense o grande Cantor da Arrábida, que na mística serra viveu a maior parte da sua vida, vindo a falecer em Setúbal em 14 de Março de 1619.

Filho de Diogo Bernardes Pimenta era irmão de Diogo Bernardes, o cantor de O Lima. Antes de se fazer frade franciscano serviu na Case do Infante D. Duarte, filho de D. João III.

Poeta de excelsa inspiração, Frei Agostinho da Cruz deixou uma vasta e notável obra que o coloca, sem favor, entre os maiores poetas místicos, que ilustram as várias literaturas.

Lírico dos mais suaves e enternecedores, toda a sua obra é um grande e admirável cântico de amor. Amor de Deus e amor da Natureza, e por isso mesmo das mais belas e altas expressões da Poesia portuguesa.
«A lira de Frei Agostinho – diz o Prof. Dr. Mendes dos Remédios – é impregnada dum sentimento tão sincero de verdade e de naturalidade, que impressiona profundamente. É a alma dum verdadeiro crente, resignado, compassivo, amorável que nos desvenda em cada página».
«São versos que têm alma e fazem sonhar alcandorando-nos até onde se não sente o rugir da fera humana, como se nos fosse dado mergulhar naquele indefinido descanso a que tanto aspirou o autor que os escreveu com o seu grande espírito de Poeta e de Crente».


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