A ponte, no rio
Da Vida, rompeu-se ao meio...
Ninguém nela passa...
Para além, arcos de sonho;
Aquém, arcos de desgraça.
Ponte que nem ligas
Sonho e desgraça, não mais
Me trarás ninguém,
Dos céus do sonho à tristeza,
Do mundo ao sonho de além.
Só dentro da vida,
Sobre os inúteis pilares
Sem arcos de esp'rança
Vejo os caminhos perdidos
No futuro e na lembrança
João de Castro Osório
Advogado, Escritor e Poeta
n. 17 de Janeiro de 1899 - m. 10 de Novembro de 1970
CORREIA, Ricardo, Vultos Setubalenses, p. 103
0 comentários:
Enviar um comentário