Começa junto ao nº 34 da Rua do Bairro Afonso Costa e finda junto à Rua Dr. António Forjaz (Bairro Dias), Freguesia de São Sebastião.
Começa na Rua Rafael Bordalo Pinheiro e finda na Rua Francisco de Sá Miranda (Vale de Choupo/Azeitão).
in O Grande Livro dos Portugueses, Selecções Reader's Digest
Pintor Contemporâneo (1889-1946), que foi professor catedrático da Faculdade de Medicina do Porto. Executou vastas composições sociais pouco estruturadas, mas com pormenores vigorosos e volumes bem acusados, como as que decoram o antigo Café Rialto, no Porto. Nelas surgem, como diz Diogo de Macedo, «mulheres arquitecturais, possantes, volumosas como cariátides, sempre na acção do trabalho, carregando fardos, revolvendo a terra, construindo mundos, resignadas». Dessas composições excluía o amor, o sensualismo, o elemento romanesco. Mas, antes de representar aglomerados de operários a trabalharem duramente nas fábricas e oficinas, comprazia-se em interpretar, em desenhos finos e graciosos ou em aguarelas bem manchadas, tipos airosos de costureirinhas portuenses. Também executou cobres martelados expressivos, másculo, «pintura a fogo e com ácidos», como disse alguém, e notáveis gravuras, sobretudo águas-fortes de dramático claro-escuro, como essa evocação prodigiosa de Camilo, que nos surge escaveirado, fantasmagórico, com sua sobrecasa negra e seu severo chapéu alto. Disse Diogo de Macedo que Abel Salazar lembra por vezes Daumier. Abel Salazar dedicou-se também à história e crítica de arte, escrevendo várias obras, entre as quais um notável estudo interpretativo e crítico, «Henrique Pousão», obra fundamental sobre esse grande artista. Representando nos Museus de Arte Contemporânea e Soares dos Reis, Col. Dr. A. A. Gonçalves. No Porto, fundou a Casa-Museu Abel Salazar, onde se reuniram numerosas obras do artista, entre as quais imagens de mulheres elegantes (primeira fase) e uma séries de retratos de homem célebres, com base sem dúvida, nos respectivos dados iconográficos, mas feitos, como é óbvio, quase inteiramente de imaginação; por isso mesmo, melhor pôde neles vincar a sua forte personalidade.
in PAMPLONA, Fernando, Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses
O seu espólio encontra disponível aqui: http://193.137.229.1/aeb_online/abel_salazar/abel_salazar.php
Fonte das Fotografias:
Autoretrato - Blog Kant_O_Ximpi
Mulheres na Carga, Museu Nacional de Arte Contemporânea
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