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quarta-feira, 5 de março de 2014

Rua Abel Salazar



Existem duas artérias no Município de Setúbal com o seu nome


Começa junto ao nº 34 da Rua do Bairro Afonso Costa e finda junto à Rua Dr. António Forjaz (Bairro Dias), Freguesia de São Sebastião.



Começa na Rua Rafael Bordalo Pinheiro e finda na Rua Francisco de Sá Miranda (Vale de Choupo/Azeitão).





Abel de Lima Salazar. Pintor e professor universitário (Gumarães 19.7.1889 - Lisboa 29.12.1946). Médico de profissão e professor catedrático de Histologia e Embriologia na Universidade do Porto desde 1919, notabilizou-se sobretudo como artista amador, além de ensaísta, historiador e crítico de arte. Estreou-se em 1915, na Exposição de Humoristas e Modernistas, realizada no Jardim de Passos Manuel no Porto; a sua pintura, de temática urbana e rural, saída do naturalismo, vai-se fixar numa iconografia de crítica social, com especial incidência na problemática da mulher trabalhadora. Caracteriza-se nos melhores momentos por volumes amplos e vigorosos, exaltados por um claro-escuro de poderoso efeito dramático. A sua residência em São Mamede de Infesta foi, em 1963, transformada em casa-museu. Encontra-se representado nos Museus Nacionais de Arte Contemporânea e de Soares dos Reis.

in O Grande Livro dos Portugueses, Selecções Reader's Digest


Pintor Contemporâneo (1889-1946), que foi professor catedrático da Faculdade de Medicina do Porto. Executou vastas composições sociais pouco estruturadas, mas com pormenores vigorosos e volumes bem acusados, como as que decoram o antigo Café Rialto, no Porto. Nelas surgem, como diz Diogo de Macedo, «mulheres arquitecturais, possantes, volumosas como cariátides, sempre na acção do trabalho, carregando fardos, revolvendo a terra, construindo mundos, resignadas». Dessas composições excluía o amor, o sensualismo, o elemento romanesco. Mas, antes de representar aglomerados de operários a trabalharem duramente nas fábricas e oficinas, comprazia-se em interpretar, em desenhos finos e graciosos ou em aguarelas bem manchadas, tipos airosos de costureirinhas portuenses. Também executou cobres martelados expressivos, másculo, «pintura a fogo e com ácidos», como disse alguém, e notáveis gravuras, sobretudo águas-fortes de dramático claro-escuro, como essa evocação prodigiosa de Camilo, que nos surge escaveirado, fantasmagórico, com sua sobrecasa negra e seu severo chapéu alto. Disse Diogo de Macedo que Abel Salazar lembra por vezes Daumier. Abel Salazar dedicou-se também à história e crítica de arte, escrevendo várias obras, entre as quais um notável estudo interpretativo e crítico, «Henrique Pousão», obra fundamental sobre esse grande artista. Representando nos Museus de Arte Contemporânea e Soares dos Reis, Col. Dr. A. A. Gonçalves. No Porto, fundou a Casa-Museu Abel Salazar, onde se reuniram numerosas obras do artista, entre as quais imagens de mulheres elegantes (primeira fase) e uma séries de retratos de homem célebres, com base sem dúvida, nos respectivos dados iconográficos, mas feitos, como é óbvio, quase inteiramente de imaginação; por isso mesmo, melhor pôde neles vincar a sua forte personalidade.

in PAMPLONA, Fernando, Dicionário de Pintores e Escultores Portugueses

O seu espólio encontra disponível aqui: http://193.137.229.1/aeb_online/abel_salazar/abel_salazar.php

Fonte das Fotografias: 
Autoretrato - Blog Kant_O_Ximpi
Mulheres na Carga, Museu Nacional de Arte Contemporânea

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