Ao lado do Poeta do Afonso Africano vê-se o notável economista, homem de ciência e diplomata que foi o Dr. José Soares de Brito de Barros e Vasconcelos.
Natural de Setúbal aqui nasceu a 19 de Março de 1721, filho de João Soares de Brito, administrador do morgadio setubalense dos Soares, e de D. Isabel Apolónia Teresa de Seixas. Tanto pelo pai como pela mãe era aparentado com algumas das mais nobres famílias do Reino.
A expensas de D. João V foi para Inglaterra de onde em breve passou a França, onde estudou matemática e frequentou o observatório de Cluny, relacionando-se com o célebre astrónomo De L’Isle. Na astronomia do tempo do dr. José Soares de Barros e Vasconcelos conquistou, rapidamente, um lugar da maior celebridade. Na física experimental fez também descobertas de marcante importância.
Nomeado secretário da embaixada de Portugal em Paris acabou por abandonar o cargo pelo que incorreu no desagrado de Pombal. Regressado à Pátria foi viver para Sesimbra, entregando-se ao estudo.
José Soares de Barros e Vasconcelos deixou uma vasta bibliografia sobre assuntos económicos, científicos e históricos que merecem nos meios mais reputados da Europa referências de grande interesse e elogio.
Foi sócio da Academia Real das Ciências, onde logrou ter o seu elogio fúnebre feito por Garção Stokler, e também das Academias de Paris e Berlim.
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Paxeco, Óscar, Roteiro do Tríptico de Luciano.
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